Jó 13:15a - Ainda que ele me mate, nele esperarei.
Que confiança sublime e maravilhosa revela a afirmação do patriarca Jó. No meio de um estado de calamidade raríssimo, quase ímpar ele emerge de suas cinzas, de suas lamúrias, de suas impossibilidades, desesperanças e traz em um pequeno versículo um exemplo a ser seguido por todo cristão autêntico que passa pela provação.
Jó, aos contrário dos modelos de oração moderna, não estava "exigindo" de DEUS uma posição, não estava marcando dia e hora para DEUS agir, nem tentou coagir ou dissuadir a DEUS de executar aquilo que Ele desejava executar, tão somente ele afirma que esperaria em DEUS. É fácil soltarmos declarações entusiastas em momentos de paz, é corriqueiro demonstrar confiança em DEUS quando as coisas estão "correndo dentro dos trilhos", quando no nosso sossego nem fazemos idéia de como estaria nosso coração "no meio da tempestade. Mas não era esse o caso, Jó estava vivendo dias terríveis tanto por dentro como por fora, tal era a sua calamidade, e a despeito disso ele não ameaça abandonar a fé em seu DEUS, não ameaça recorrer a algum outro tipo de ajudador, não ameaça retroceder, não ameaça "chutar o balde", ele retém a sua integridade.
Quantas vezes juramos votos de fidelidade a DEUS diante de todos, fazemos promessas de que em nossa fé ninguém toca, ninguém nos demove de nossa posição, como Pedro (Marcos 14:31) - Jamais O negaremos!....
Mas vem o dia mal (Efésios 6:13)... E é no dia mal que nossa firmeza é testada, que nossa fé é provada, que nosso amor é posto em cheque.
Não mais no ímpeto do primeiro amor, mas sim depois, quando já sofridas algumas decepções na carreira cristã, já sentindo o peso de algumas perseguições por causa da Palavra (Mateus 13:21), agora é hora de mostrar se confiamos em DEUS ou em nossas boas circunstâncias, se no meio da tempestade nós O amamos, confiamos e esperamos nEle, ou se tudo isso é apenas declarações vazias de quem estava tranquilo e sereno em sua "zona de conforto".
Precisamos aprender com Jó a não nos revoltar com os desígnios de DEUS, a aceitar com humildade e resignação os caminhos pelos quais Ele deseja nos conduzir, sabendo que Ele não irá falhar jamais, e que mesmo nos dias maus Ele nos sustentará e que no meio da angústia veremos a Sua Mão agir em nosso favor, todavia para quem está sendo afligido até enxergar qualquer coisa boa que seja é difícil, pois o amargor das dificuldades parece fazer frustrar o doce sabor de pequenas conquistas, como o pão de cada dia, as vestes, o deitar, o acordar... Mas o fato é que mesmo quando não vemos a Mão poderosa de DEUS está a nos suster.
Não deixemos nossas circunstâncias nos iludirem contra DEUS, mesmo no meio da dificuldade Ele sustenta os Seus fiéis, e se nos mantivermos firmes em nossa profissão de fé Ele, em tempo oportuno nos socorre, e somos aprovados ao final da provação, como foi o patriarca Jó.
I Pedro 5:6
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; 7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
